A nova chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Mesquita da Rocha, 51, vai trocar toda a cúpula da instituição. Ela assume o cargo após crise que levou à queda do antecessor, o delegado Allan Turnowski.
Em entrevista, Martha Rocha disse que, ao fazer suas escolhas, levou em conta "experiência, competência e seriedade".
Os nomes já definidos são Sérgio Caldas, subchefe administrativo; Fernando Velloso, subchefe operacional; e Luiz Zettermann, chefe de gabinete.
Caldas já trabalhou na Asplan (Assessoria de Planejamento da Polícia Civil), foi diretor da Acadepol, diretor de Polícia da capital e atualmente estava à frente da 78ª DP (Fonseca, região metropolitana).
Velloso já comandou a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) e a 7ª DP (Santa Teresa). Ele havia deixado a 14ª DP (Leblon) para assumir a Delegacia de Repressão Contra Crimes de Propriedade Imaterial, antes de ser nomeado subchefe operacional.
Rocha afirmou que pretende concluir a equipe esta semana e que irá fazer mudanças em todos os cargos de comando da Polícia Civil. No entanto, o corregedor Gilson Lopes continua em sua função.
O corregedor é o responsável pela devassa na Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas), determinada segunda-feira pelo então chefe da Polícia Civil Allan Turnowski. Segundo a delegada, Lopes foi orientado a concluir em 30 dias as investigações a respeito da Draco.
CRISE
A saída de Allan Turnowski, ex-chefe da polícia do Rio, foi definida na terça-feira (15) em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, após quatro dias de crise na instituição. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições".
A posição de Turnowski à frente da Polícia Civil ficou desgastada após a operação Guilhotina, desencadeada pela PF (Polícia Federal), e que prendeu dezenas de policiais ligados a traficantes e milícias. O principal preso na operação, o delegado Carlos Oliveira, foi, até agosto do ano passado, subchefe de Polícia Civil. Há anos, é apontado como braço-direito de Turnowski.
Na segunda-feira (14), Turnowski decidiu fechar a Draco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), alegando ter recebido carta anônima com denúncias de corrupção, e que investigaria a delegacia.
A Draco é chefiada pelo delegado Cláudio Ferraz, ligado a Beltrame e desafeto de Turnowski. Ferraz admitiu que contribui para a PF durante a operação Guilhotina.
Em nota, Turnowski agradeceu ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Beltrame pelo tempo em que comandou a Polícia Civil. "Tenho certeza que esta é a melhor decisão para o momento", afirmou ele.
CFSP
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