Retirado do site do Jornal Diário do Vale
Depois de oito meses afastado da prefeitura de Valença, Vicente Guedes (PSC) retornou essa semana e pela primeira vez desde o início do processo que conduziu à sua cassação, no ano passado, falou ao DIÁRIO DO VALE. Vicente minimizou os protestos que aconteceram no fim de semana e revelou suas prioridades para o ‘novo' mandato.
DIÁRIO DO VALE: Como recebeu a decisão do ministro Gilmar Mendes, que ordenou seu retorno ao cargo?
Vicente Guedes: Recebemos com enorme satisfação, mas com muita serenidade. Acreditava desde o início que a justiça seria restabelecida quando o processo chegasse ao Supremo, que é o órgão que julga questões constitucionais.
Quando concorri, em 2008, preenchi todas as condições de elegibilidade, percorri toda a campanha sem qualquer contestação, fui eleito com mais de 50% dos votos, diplomado e só depois vieram com a ação. Não foi justo.
DV - A população de Valença foi às ruas no dia seguinte à sua volta, protestar contra a decisão. Como está o clima na cidade neste momento?
Vicente - A população recebeu a notícia com serenidade. O que houve foi uma manifestação da militância dos candidatos, militância 90% paga, que foi pra rua. Mas isso não reflete o clima daqui, a cidade está serena. Foram 600, 700 pessoas, mas a cidade tem 80 mil moradores. Acho natural que os ânimos estejam exaltados entre os candidatos, afinal as eleições foram canceladas na antevéspera, mas a população está serena.
DV - Houve algum clima hostil na sua volta?
Vicente - Repito que esse não é o clima da cidade, não representa toda a população. Na segunda-feira houve um protesto na frente do centro administrativo, mas tinham 60 ou 70 pessoas, apenas. De qualquer forma, é uma maneira covarde de protestar. Tinham que ir para a frente do Fórum, porque foi a Justiça que tirou a eleição, não fui eu. Quando fui retirado do cargo, por exemplo, não fui para a rua. Eu respeitei as regras democráticas, o Álvaro [Cabral] é que não soube respeitar o resultado das urnas, entrou com o processo e desrespeitou a vontade da população de Valença, que me deu a vitória nas últimas eleições.
DV - No início da semana, a vice-prefeita Dilma Dantas afirmou que o município precisa ser reconstruído. Quais são suas prioridades neste momento, agora que está de volta ao cargo?
Vicente- Infelizmente agora terei que exercer um mandato tampão, de menos de dois anos, então não vou poder abrir muito o leque. Quero colocar em prática os contratos que já estavam previstos, sobretudo com a Caixa Econômica e o Governo do Estado. Hoje [ontem] mesmo estive em Volta Redonda, na Caixa, para dar andamento aos projetos. Nesse tempo de mandato que me resta, vou ter que priorizar algumas áreas: saúde, educação, geração emprego e infraestrutura. É o que a cidade mais precisa no momento.
DV - O senhor acredita que cumprirá o mandato até o fim de 2012?
Vicente - Não tenho a menor dúvida disso. Irei até o fim do meu trabalho, pois é uma questão constitucional e quem acompanha o trabalho do STF sabe como os ministros têm se pronunciado nesses casos. Fui tirado da prefeitura de maneira injusta e sabia que quando chegasse ao STF, o órgão que julga as questões constitucionais, a justiça seria feita.
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